sábado, 14 de novembro de 2009

IGREJA LUTERANA AUTORIZA CASAMENTO GAY

Por Thonny Hawany

A Igreja Luterana da Suécia, uma das maiores denominações religiosas daquele país, não só aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, como também deverá começar a celebrá-lo a partir de novembro conforme noticiado. Numa decisão inédita, aproximadamente, 70 % da cúpula dos 250 membros com direito a voto decidiram em favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A decisão da Igreja Luterana sueca acompanha uma decisão do próprio governo daquele país que aprovou uma nova lei no primeiro semestre deste ano garantindo aos casais homoafetivos direitos iguais àqueles concedidos aos casais heterossexuais. Conforme decisão da Igreja Luterana, a partir deste mês, novembro de 2009, qualquer um dos seus pastores poderá celebrar casamentos gays. Aqueles que não quiserem, não serão abrigados a celebrá-los, nestes casos, os religiosos que se julgarem incompetentes para o ato, serão substituídos por outros que terão a responsabilidade de dar a benção de Deus aos pretensos candidatos a conviventes homoafetivos.
A Suécia está entre os primeiros países do mundo a concederem direitos a casais formados por pessoas do mesmo sexo. A lei que os suecos aprovaram, em maio de 2009, fez deles o 5º país no ranking da concessão de casamentos homoafetivos. Seguem o mesmo entendimento a Holanda, a Bélgica, a Espanha e a Noruega – cabe salientar que todos são países do primeiro mundo.
Não se trata de uma luta fácil, sabemos, mas a conquista da comunidade LGBT sueca abre enorme precedente para que outros países e outras denominações religiosas, do porte da Igreja Luterana, também reflitam sobre a injustiça social que alimentam com sua omissão degradante e concedam aos cidadãos gays, lésbicas, bissexuais e transexuais nada mais, nada menos do que os direitos que lhes foram negados até hoje.
Como militante LGBT, quero registrar a minha comoção diante da notícia – alegro-me pela conquista dos pares suecos – mas também quero deixar impressa a minha preocupação com o DEVIR. A luta em favor dos nossos direitos só está começando, ainda virão tempos difíceis que para transpô-los, será necessária muita organização política e social. As “marchas contra gigantes” crescem diuturnamente de ambos os lados: prós e contras. Avancemos, pois, para evitamos surpresas históricas desagradáveis. Parabéns aos suecos pela lucidez e pelo respeito ao princípio da isonomia.

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