segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

HOMOAFETIVIDADE PODE SER CONTÉUDO OBRIGATÓRIO NOS CURRICULOS ESCOLARES

Por Thonny Hawany

Em entrevista concedida, por telefone, ao jornalista Hermano Freitas e publicada no site Terra, a Deputada Maria do Rosário (PT-RS), futura ministra responsável pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos do Governo Dilma Roussef, declarou que deverá incentivar a inclusão de conteúdos referentes à diversidade de gênero nos projetos pedagógicos das escolas da educação básica. Segundo a ministra, que rejeita a palavra homossexualismo por remeter a doença, “a homoafetividade é um tema presente em todos os segmentos da sociedade, além do mais, a palavra diversidade deve estar combinada com a palavra respeito”.
As palavras da ministra Maria do Rosário alimentam a esperança da comunidade LGBT por dias melhores livres de preconceito e de atos homofóbicos violentos como se tem visto veiculado pela mídia nacional. Maria do Rosário ocupará, a partir de janeiro de 2011, a pasta deixada pelo diligente humanista Paulo Vanucci que muito fez pelos Direitos Humanos. A futura ministra declarou ao repórter que “pretende dar continuidade ao projeto do antecessor. Entre os focos principais, a proteção dos direitos das crianças, idosos e mulheres.
Quando questionada a respeito dos episódios de violência contra homossexuais ocorridos em São Paulo, a ministra afirmou que isso é uma questão cultural. Para ela, é preciso rever os costumes, as políticas culturais, a educação, além da obrigação de rever o estímulo à convivência. A ministra disse ainda que a violência contra gays, antes de ser um caso de policia, é uma questão de ter que rever e fortalecer valores com o propósito de ensinar a sociedade a compreender a diversidade.
Para Maria do Rosário, a poder público tem que atuar firmemente no combate e repressão desses crimes apesar de sua complexidade que vai muito além de uma simples repressão policial. "As autoridades precisam estar atentas, fazer o enfrentamento, principalmente de grupos marcados por sua atuação intolerante, como gangues de neonazistas", emendou a ministra.
Em síntese, as palavras de Maria do Rosário ao jornalista Hermano Freitas muito me alegraram. Como educador, sempre acreditei na educação como o principal caminho para a paz coletiva. Enquanto alimentarmos a intolerância, alimentaremos, por tabela, a ignorância. Estou confiante no trabalho de Maria do Rosário frente à Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Acredito no seu potencial de luta em favor de dias melhores a todas as minorias nacionais.


Foto: Agência Câmara

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