segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

GOVERNO DOS EUA PROMOVERÁ DEFESA MUNDIAL DA HOMOSSEXUALIDADE

Por Thonny Hawany

O Governo dos Estados Unidos da América deverá promover a aceitação da homossexualidade mundialmente, segundo informou a senhora secretária de estado americano, Hillary Diane Rodham Clinton, em seu discurso para celebrar o dia Internacional dos Direitos Humanos, no dia 6 de dezembro de 2011, em Genebra, na Suíça. Segundo ela, o governo de Obama criou um Fundo de Igualdade Global (FIG), com orçamento de 3 milhões de dólares, os quais deverão servir para custear a defesa da homossexualidade no mundo inteiro. O governo de Obama, desde o início, mostrou-se empenhado em questões sociais e delas não tem se apartado.


Para o Departamento de Estado Norte-americano, o Fundo de Igualdade Global terá as seguintes metas: financiar ativistas políticos gays que militam contra leis que contrariam o movimento LGBT, custear paradas do orgulho gay em todo o mundo e eventos de outra natureza que tenham como objetivo primaz garantir a dignidade da pessoa homossexual em qualquer lugar do planeta que ela esteja.

Ao falar sobre homossexualidade e sobre as organizações LGBT, a senhora secretária Hillary Clinton, afirmou que tinha enorme prazer em anunciar a criação do novo Fundo com o objetivo de custear o trabalho desenvolvido por entidades da sociedade civil que trabalham em favor da dignidade do cidadão homossexual. “Esse fundo os ajudará a administrar seu trabalho em defender a homossexualidade, custeará a aprendizagem de como usar as leis em seu favor, reforçará seus orçamentos para treinar suas equipes e forjar parcerias com organizações de mulheres e outros grupos de direitos humanos”.

Como vimos, são mais de três milhões de dólares empenhados inicialmente pelo Governo Americano em ações positivas que ajudarão a resgatar a dignidade de um grupo execrado pelo machismo, pela ignorância cultural e pelo fundamentalismo religioso e político no mundo todo.

No site do Departamento de Estado, o FIG está descrito como sendo uma parceria público-privada que se empenhará em buscar novas parcerias para mais doação entre governos, empresas e fundações.

Ainda de acordo com o site, o resultado das doações deverá servir para incentivar “ONGs a fazerem defesas diante de governos de outros países e em fóruns multilaterais” em favor da comunidade LGBT. Deverá também o FIG servir para financiar “campanhas internacionais que aumentem a conscientização do público e ampliem os diálogos positivos”, além de servir para dar fomento à educação inclusiva, às atividades culturais e à construção de alianças de direitos humanos, entre outras ações.

Conforme o Governo Americano, o Fundo de Igualdade Global é uma pequena parte de tudo o quanto deverá ser desenvolvido em favor de políticas externas para apoiar e incentivar a causa LGBT em todo o planeta. Para encerrar o ano coroado de êxito no que se refere ao assunto LGBT, o presidente Barack Obama instruiu, por intermédio de memorando, todas as embaixadas americanas em outros países a fomentarem ações de combate efetivo à discriminação, à homofobia e à intolerância contra a comunidade LGBT no país em que estão instaladas.

Em face do exposto, percebemos que as políticas LGBT mundiais têm ganhado corpo ao ponto de não serem estancadas por interesses escusos como os que estamos vivenciando no Brasil, ainda que sejam da maioria. Desenvolver políticas LGBT é uma questão de direitos humanos e não de vontade dos poderes que compõem um dado país. Essa atitude do Governo Americano é, sem sobra de dúvidas, a melhor notícia que nós (LGBT) poderíamos receber para concluir 2011 esperançosos. É preciso agora que os grupos e demais organizações de direitos humanos e LGBT procurem se cadastrar no Fundo de Igualdade Global para receber incentivos financeiros. Para isso, será preciso ter metas bastante definidas. As entidades de lésbicas, de gays, de bissexuais, de transexuais ou mistas precisam se organizar e amadurecer política e economicamente. Este é o momento de nos organizarmos em favor de nossos irmãos e irmãs com a ajuda de mecanismos internacionais, a exemplo do FIG. Avante LGBT do Brasil!

Assista ao discurso:


FONTES
 

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